21 de setembro de 2024 20:28

Plano de saúde é condenado por negar cobertura em período de carência

Apesar da urgência, o paciente afirma que o plano de saúde se negou a cobrir os gastos com o seu tratamento contra câncer

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Após negar, Amil é condenado a custear todo o atendimento de uma segurada

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve, de maneira unânime, a condenação de um plano de saúde a indenizar um paciente por negativa de cobertura durante o período de carência do contrato. A decisão fixou a quantia em R$ 23 mil, por danos materiais, e R$ 3 mil, por danos morais.

Segundo o processo, em janeiro de 2022, o autor desmaiou enquanto dirigia em Recife (PE) e, ao chegar em Brasília, realizou diversos exames. Os médicos indicaram cirurgia de urgência e tratamento complementar com radioterapia e quimioterapia, em razão de diagnóstico de câncer.

Apesar da urgência, o paciente afirma que o plano de saúde se negou a cobrir os gastos com o seu tratamento, o que fez com que ele tivesse que custear as despesas com o apoio de familiares e amigos.

No recurso, o plano de saúde argumenta que o período de carência previsto no contrato deve ser respeitado, uma vez que a urgência/emergência do procedimento cirúrgico não foi comprovada. Sustenta que não há dano moral a ser indenizado e que, caso seja mantido esse entendimento, solicita redução do valor indenizatório.

Na decisão, o colegiado destaca que a urgência foi comprovada não só pelos exames e laudos médicos, os quais informam o diagnóstico de neoplasia maligna de encéfalo, mas também pelo diagnóstico e pelos relatórios que confirmam a necessidade de tratamento com urgência. Assim, para a Turma Recursal “resta evidente a presença dos pressupostos de urgência e emergência”.

Nesse sentido, a Juíza relatora faz menção à Lei 9.656/98 que estabelece a obrigatoriedade da cobertura de atendimento nos casos de urgência e de emergência, “sem considerar os períodos de carência aplicáveis ao plano de saúde”. Portanto, “dado que a recusa das rés foi injustificada e não respaldada pelo sistema legal, é imperativo que elas assumam integralmente os custos da parte autora[…]”, concluiu a magistrada.

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