23 de novembro de 2024 02:45

Valentine’s Day: como comemoram os brasilienses

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Para quem está apaixonado, todo momento é bem-vindo para celebrar. Além do dia dos namorados, em 12 de junho, e de datas especiais para cada casal, o dia de São Valentim – Valentine’s Day, em inglês – comemorado nesta segunda-feira (14), também é uma opção para festejar.

A tradição vem dos Estados Unidos e de algumas regiões da Europa. Mas o dia de São Valentim tem seu surgimento ligado a várias histórias. Entre elas, a de um bispo, que durante o Império Romano celebrava casamentos mesmo diante da proibição do imperador Claudio II.

Apesar de não entrar no calendário brasileiro, o Valentine’s Day ganha, a cada ano, mais adeptos. Em Brasília, Daniel Amaro, de 33 anos, e Mariana Fonseca, 28, estão juntos há nove anos, e dizem que sempre festejam.

“É um motivo a mais para comemorar, então a gente aproveita”, diz ele.

 

O casal conta que gosta de escolher um lugar especial para jantar e trocar presentes. Este ano não será diferente, apesar da data cair em uma segunda-feira. “Vamos encontrar um restaurante aberto e as lembrancinhas já foram encomendadas”, conta Daniel.

Para Mariana, “qualquer motivo é motivo para comemorar”. A enfermeira diz que, entre os amigos, a data também é popular.

“Não deixam passar em branco. Acho que já caiu no gosto e já faz parte da nossa cultura”, diz ela.

 

Daniel Amaro e Mariana Fonseca comemoram o Valentine's Day há nove anos, desde o início do namoro — Foto: Redes sociais/ Reprodução

Presentes

 

O dia pode se tornar especial não só para os casais, mas também para o comércio. A empresária Amanda Cardoso viu na celebração uma ótima oportunidade para alavancar as vendas.

“Fevereiro é um mês fraco para a confeitaria e celebrar Valentine’s Day dá super certo”, diz a empresária.

 

Dona da Doux Brigaderia, ela conta que este é o quinto ano em que a data entra no calendário da confeitaria. Em termos de venda, o dia perde apenas para os dias mais populares, como o Dia das Mães e o tradicional Dia dos Namorados, conta Amanda.

Mariana Oliveira, proprietária da floricultura Flô, diz que também se dedica à criação de produtos especiais para a época. De acordo com ela, o Valentine’s Day, diferentemente do Dia dos Namorados, vai além do relacionamento entre casais.

“Essa data é de um amor universal. Não precisa ser comemorado só o amor romântico. Recebemos pedidos de mãe pra filha, de amiga pra amiga”, diz.

 

Mariana acredita em um crescimento natural do Dia de São Valentim no DF. “No ano passado, cresceu muito e, esse ano, continua crescendo. Aos poucos, as pessoas estão começando a conhecer mais”, conclui.

Valentine’s Day X Dia dos Namorados

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Namorados, Dia dos Namorados, casal, amor, relacionamento, 12 de junho (imagem ilustrativa) — Foto: Matt Nelson / Unsplash / Divulgação

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São muitas as lendas que cercam o surgimento das comemorações do dia de São Valentim. Uma das hipóteses remonta à história de um bispo, chamado Valentim, que durante o século III, no Império Romano, realizava casamentos mesmo com a proibição do imperador.

À época, em função das guerras, Cláudio II cancelou as uniões porque acreditava que homens solteiros eram soldados melhores. Segundo ele, os solteiros se concentrariam com mais facilidade na vida militar.

Mas o bispo Valentim continuou celebrando casamentos. Quando descoberto, o religioso foi preso e condenado à morte. Após a prisão, vários jovens deixavam flores e bilhetes ao bispo, como demonstração de apoio.

Acredita-se também que a celebração tenha relação com a Idade Média, quando se dizia que 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, namorados aproveitavam a data para mandar mensagens de amor.

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Slogan de propaganda do Dia dos Namorados criada por João Doria — Foto: TEXTO DE JOÃO DORIA, ARTE DE FRITZ LESSIN

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No Brasil, a criação do Dia dos Namorados, em 12 de junho, é menos misteriosa e tem uma motivação mais comercial. A celebração do amor romântico, na véspera do Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, surgiu em 1948, em São Paulo.

À época, o publicitário João Doria, pai do atual governador de São Paulo, foi contratado por uma loja para melhorar as vendas em junho, mês até então pouco expressivo no comércio.

“Não se esqueçam: amor com amor se paga”, dizia um dos slogans. A propaganda foi julgada a melhor do ano pela Associação Paulista de Propaganda.

No ano seguinte, a data comemorativa começou a se espalhar e ganhou, cada vez, mais adeptos pelo país, se tornando uma comemoração nacional.




 

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