Segunda etapa do projeto de ampliação da zona aeroportuária da capital federal inclui, ainda, um centro de logística. Agora, concessionária do terminal procura investidores para abrir outros três empreendimentos na área: um hotel, um centro cultural e um espaço para eventos
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Na segunda fase da ampliação, o plano é alcançar, também, quem está fora do aeroporto. A começar pelo shopping, que ficará na via de acesso ao terminal, ao lado de um hotel. O centro de compras inclui espaços para entretenimento — como shows e arvorismo —, cinema a céu aberto, academia integrada à área verde nativa e até parques.
A estrutura de 60 mil metros quadrados terá 130 lojas, 11 restaurantes, 11 redes de fast-food e sete salas de cinema. “Quando a pandemia chegou, isso já estava idealizado, porque fizemos pesquisas qualitativas com os brasilienses sobre o que é um shopping ideal, e o foco (das respostas) foi essa parte do lazer e da experiência. É uma tendência mundial oferecer um espaço de varejo com mais qualidade”, afirma Ian Joels, diretor comercial da Inframerica.
Distribuição e entretenimento
No centro logístico, empresas do ramo terão 66 mil m² de área para alugar, em um terreno de 120 mil m² na zona aeroportuária. Os galpões contarão com estacionamento, vestiário, restaurante, serviço de manutenção e de vigilância 24 horas. O terceiro empreendimento prevê a construção de três parques de diversão de médio porte, com opções temáticas e por faixa etária. Os nomes dos parceiros que assumirão esse negócio estão sob sigilo, mas o contrato com os investidores está fechado.
“Brasília tem características únicas. Uma delas é a localização: o aeroporto fica em uma área afastada. Em alguns terminais (da Inframerica), temos algo parecido, mas nada do porte ou da complexidade desse projeto”, comenta Juan Djedjeian, vice-presidente da concessionária.
Nos planos das próximas etapas de expansão há a construção de um centro de eventos, de um centro cultural e de um hotel. No entanto, a Inframerica ainda procura investidores. Apesar disso, a concessionária firmou parceria com o Instituto de Pesquisa e Promoção a Arte e Cultura do Distrito Federal (Ipac-DF), a fim de disponibilizar cerca de 12 mil obras de coleções privadas e de mais de 600 artistas diferentes no centro cultural.
Mesmo com o fim da concessão do aeroporto à concessionária previsto para 2037, o contrato referente aos empreendimentos inaugurados continuará em vigor até 2067, independentemente de quem assumir a gestão do terminal aéreo. As áreas da chamada zona aeroportuária, onde serão construídos os empreendimentos, estão sob comando da Inframerica durante o período de administração do terminal aéreo, mas as operações dos parceiros no complexo vão permanecer.
Atualmente, o Aeroporto de Brasília tem a segunda maior movimentação do país, atrás apenas do terminal de Guarulhos (SP). A expectativa da Inframerica é de que, após a conclusão das obras, o complexo gere 3,5 mil empregos diretos e indiretos.