24 de novembro de 2024 05:01

Ibaneis sanciona criação de cinco lotes no Eixo Monumental

Texto publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) prevê uma área total de quase 43 mil m², que será destinada a equipamentos de caráter cultural e de uso público

 


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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou a criação de cinco lotes que ficam localizados entre o Eixo Monumental e a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). O texto, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na quarta-feira (29), estabelece que a área total dos terrenos não poderá ultrapassar 42.717,649 m².

Os espaços devem ter uso obrigatório para produção teatral, musical, espetáculos de dança, espetáculos circenses, atividades de sonorização e de iluminação, atividades de bibliotecas/arquivos e atividades de museus, exploração de lugares, prédios históricos e atrações similares.

O varejo também deve marcar presença com espaços para comércios de livros, jornais, revistas, artigos de papelaria, discos, CDs, DVDs e fitas.

 

Após debates com a população e com a área técnica da Seduh, o lote proposto para o arquivo público foi alterado para preservar a visão do pôr do sol vislumbrado da Praça do Cruzeiro - (crédito: Seduh)

 

Sobre os critérios urbanísticos do parcelamento do solo, o decreto prevê que cada lote terá área padronizada de 7.125 m², sendo 95 metros (frente e fundo) por 75 metros (laterais). Ainda de acordo com o texto, os terrenos terão que ficar 10 metros afastados em relação às vias de ligação entre a N1 e S1.

Cada lote deve ter, pelo menos, 30% de área verde e uma vaga destinada para bicicletas a cada 150 m² de área construída. A altura máxima de edifícios será de 12 metros, com exceção do lote mais próximo à Praça do Cruzeiro, que fica limitado a 9 metros.

 

A ideia não é bem recebida por urbanistas

 

O arquiteto e urbanista Frederico Flósculo, professor da Universidade de Brasília (UnB) há 30 anos, fala sobre a criação dos lotes. O especialista lamentou a aprovação do projeto. “Esse tipo de providência deveria estar sanada pelo Plano de Preservação do Conjunto. Urbanístico de Brasília (PPCUB), que os governos estão devendo para a cidade desde 1987, quando Brasília se tornou Patrimônio Cultural da Humanidade. Esse plano nunca foi feito, assim como a preservação da cidade. As modificações são todas oportunistas, improvisadas”, reforçou o professor.

O professor explica que o projeto não deveria existir para o Plano Piloto, mas sim para outras regiões administrativas da cidade. “Esses grandes atrativos culturais, de diversão, deveriam ser feitas nos bairros que precisam, por exemplo, Planaltina, que precisa de uma estrutura que mostre o passado rico da cidade. Ou Brazlândia, que também precisa de um grande palco”, diz. “É a desmoralização dos espaços livres do Eixo Monumental, que devem ser mantidos para ver o horizonte de Brasília. Essa relação entre cheio e vazio, no plano urbanístico é essencial para que Brasília continue a ser patrimônio”, reforça.

 




 

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