23 de novembro de 2024 11:40

Massa de ar frio deve fazer temperatura no DF chegar a 6°C nas madrugadas.

A partir da próxima sexta-feira (30/7), uma massa de ar frio vinda do Centro-Sul causará um declínio na temperatura. Para evitar doenças típicas do período, especialistas dão dicas e falam da importância da hidratação do corpo.


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O frio não dever ir embora tão cedo do Distrito Federal. Segundo Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a partir da próxima sexta-feira (30/7), uma massa de ar frio vinda do Centro-Sul causará uma queda na temperatura, mas nada acentuado. Pela madrugada e pela manhã, os termômetros devem registrar cerca de 6ºC. Ao longo do dia, alcançará cerca de 25ºC.

“Essa massa de ar frio de origem polar está atuando na Região Sul, com chuvas. Aqui, a influência dela vai chegar mais no fim de semana. As temperaturas não vão chegar a pontos negativos. Só ficaremos com essa sensação de frio”, diz Andrea.

Moradora do P Sul, Antônia de Carvalho Félix, 60 anos, tirou o casaco de dentro do guarda-roupa com a chegada do inverno. “Eu não gostava muito de blusa de frio, mas a idade chegou e precisei começar a me cuidar. Todas as vezes que saio de casa está bem frio, separo um casaco reserva”, conta.

Além de encarar o frio, os brasilienses continuam a sofrer com a queda da umidade que, nesta terça-feira (27/7), deve variar de 85% a 25%, característica comum do inverno. O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem para o aumento das alergias respiratórias, devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. De acordo com o clínico geral e chefe da Emergência do Hospital Santa Lúcia, Luciano Lourenço, o sistema respiratório é o que mais sofre neste período do ano.

“O nosso organismo funciona com uma temperatura de 36ºC a 37ºC, mas estamos respirando um ar mais frio. Esse choque de temperaturas causa padrões inflamatórios”, diz. De acordo com o especialista, o tecido das narinas, o padrão de mucos, as estruturas auxiliares e os pelos do nariz tendem a ficar inflamados. “Nada funciona tão bem e, consequentemente, abrimos portas para infecções virais, bacterianas, fúngicas, já que o tecido interno desses órgãos está discretamente inflamado, com hipersecretividades e perda de movimentos auxiliares”, diz.

As doenças mais comuns relacionadas ao período, são faringite, rinite, amigdalite e as pneumonias. O clínico geral reforça a importância de se usar o casaco no período e beber muita água. “No frio, as pessoas tendem a sentir menor necessidade de água, mesmo que haja perda no corpo. O termostato e receptores de sede ficam menos estimulados. É importante a hidratação. Deve-se, também, evitar ao máximo se expor nos momentos mais frios do dia”, completa.

Além das alergias respiratórias, o rim também precisa de cuidado. Isso porque a falta de água aumenta em 20% a demanda nos hospitais de pessoas com problemas de cálculo renal e outras doenças por falta de hidratação. Segundo a nefrologista e diretora da Clínica de Doenças Renais de Brasília, Maria Fernanda Cascelli, com o tempo frio e seco, as pessoas estão se esquecendo de que devem ingerir mais líquido. “Em clima quente, as pessoas têm consciência da importância de se hidratar, mas no frio isso parece não ser prioridade”, pontua a médica. “Deixar de se hidratar só vai fazer com que a urina fique concentrada, saturada e cause cálculos renais. É importante que a gente urine em torno de dois litros por dia. Para isso, é necessário beber cerca de dois litros e meio”, acrescenta. A especialista reforça, ainda, que o quantitativo de ingestão de água dependerá da pessoa de cada indivíduo. “O ideal é consumir 30 ml de água por quilo durante o dia”, diz.

“O nosso organismo funciona com uma temperatura de 36ºC a 37ºC, mas estamos respirando um ar mais frio. Esse choque de temperaturas causa padrões inflamatórios”

Luciano Lourenço, clínico geral e chefe da Emergência do Hospital Santa Lúcia

Evite doenças do frio

>> Hidrate o corpo ingerindo água ao longo do dia (são 30 ml de água por quilo);

>> Hidrate, internamente, o nariz, fazendo uso de soro fisiológico cerca de cinco vezes por dia, em momentos mais críticos;

>> Aqueça-se: utilize casacos e roupas quentes para evitar o vento. Tente, ao máximo, evitar sair em horários muito frios;

>> Manter a higiene das mãos das crianças para evitar o risco de contágio por meio do contato.

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#casaco #frio #hidratação #inverso #Saúde #Seca

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