Pesquisa avalia benefícios de novo método de diagnóstico, no qual amostra é recolhida pela paciente. Estratégia pode substituir papanicolau
O teste é feito pelas próprias pacientes e, caso seja validado, pode substituir os exames papanicolau, facilitando a rotina de cuidados médicos para as mulheres.
Transmitido sobretudo por via sexual, o vírus HPV provoca lesões no aparelho reprodutivo feminino, que podem evoluir para o desenvolvimento do câncer de colo de útero. Terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres, o câncer de colo de útero provoca 16 mil novos diagnósticos a cada ano e seis mil mortes.
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Pesquisa
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Qualquer mulher entre 30 e 49 anos, que não esteja gestante nem menstruada no dia da coleta e que ainda não tenha feito nenhuma cirurgia no útero, pode participar como voluntária da pesquisa.
Após assinar termo de consentimento e realizar a higienização das mãos, ela receberá um swab (que parece um cotonete longo) para fazer a coleta de seu material biológico.
A voluntária recolherá a amostra sozinha, diretamente na vagina. Após a coleta, o material será encaminhado para análise para se verificar a presença do vírus HPV.
Se forem encontrados traços do vírus, o material será armazenado para pesquisa e as mulheres serão avisadas. Aquelas com diagnóstico positivo, serão encaminhadas para tratamento no SUS.
O projeto piloto desta pesquisa foi realizado com centenas de mulheres da região da Estrutural e a previsão é que 10 mil mulheres do DF sejam testadas agora. Para participar da pesquisa, basta ir até um dos postos itinerantes de coleta que as pesquisadoras da Fiocruz Brasília estão montando em vários pontos do DF.
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Pontos de coleta
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Os próximos dias de coleta serão em uma ação do GDF no Sol Nascente (Ceilândia). Também estão programadas ações em Vicente Pires (1/11) e Santo Antônio do Descoberto (4/11). As próximas datas serão disponibilizadas pela equipe de pesquisa na próxima semana no site www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br.
A pesquisa é conduzida pelo Laboratório Centro de Pesquisa Marco, primeiro laboratório de pesquisa clínica da Fiocruz Brasília, inaugurado no início deste ano, e que vai possibilitar formas mais ágeis e simples para o diagnóstico precoce da presença do vírus HPV, além de permitir com que mais mulheres sejam tratadas e livres de complicações mais graves relacionadas a este tipo de infecção.