23 de novembro de 2024 10:14

Setembro Amarelo: a favor da valorização da vida; veja onde procurar ajuda no DF

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

A campanha do Setembro Amarelo foi inspirada na história do adolescente Mike Emme, que cometeu suicídio, aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos. No dia do velório, pais e amigos de Mike distribuíram cartões com fitas amarelas e frases motivacionais para pessoas que pudessem estar enfrentando transtornos mentais e emocionais.

A psicóloga Andréa Pepino da Silva, presidente do Instituto Olhar Social, explica que o suicídio pode estar atrelado a diversos fatores – além da depressão – que, muitas vezes, são negligenciados. Entre eles estão:

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  • Falta do sono
  • Transtornos de personalidade
  • Ansiedade
  • Transtornos alimentares
  • Abuso de substâncias como álcool e drogas
  • Esquizofrenia e doenças crônicas

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Onde procurar ajuda?

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A rede pública de Saúde oferece atendimento gratuito para pessoas que estão passando por conflitos emocionais e sofrem com pensamentos ou mesmo o desejo de tirar a própria vida.A ajuda pode ser solicitada por telefone, presencial, ou de forma online; confira abaixo:

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  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde)
  • UPA 24h
  • SAMU: fone 192
  • Pronto Socorro
  • Hospitais
  • Centro de Valorização da Vida: fone 188 (ligação gratuita)

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O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip, 24 horas por dia, todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

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Nana Calimeris em posição de yoga — Foto: Márcia Moreira

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Jornalista, professora de yoga, escritora e analista junguiana, Nana Calimeris viveu muito tempo “em Setembro Amarelo”, como diz. Ela conta que desde pequena teve de conviver com problemas emocionais. Sem saber o que tinha, nem porque sentia “tanto vazio”, Nana conta que passou anos de sua vida em sofrimento.

Na adolescência, “tudo ficou ainda mais intenso”, aponta. A falta de acompanhamento psicológico e o bullying sofrido na escola, por seu quadro de autismo, só piorava o sofrimento.

Na vida adulta, ela chegou a atentar contra a própria vida. Depois de anos lutando contra a depressão, a ansiedade e transtornos de personalidade, Nana conta que conseguiu dar a volta por cima, e “voltar a viver”.

Com acompanhamento médico e psicológico – e muita força de vontade – hoje, aos 50 anos ela diz estar bem. Segundo Nana, a terapia, o amor pelo filho, a prática do yoga e a escrita foram essenciais para sua recuperação e qualidade de vida.

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“Só superei tudo por que passei por causa do amor. Não o amor romântico, de alguém por mim. Mas o amor que sinto pelo meu filho. Foi isso que não me permitiu desistir, que me fez ir adiante”, diz Nana.

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A jornalista diz que a recuperação é um processo longo, e que buscar ajuda e se encontrar em atividades que façam bem à pessoa contribui muito para a melhora.

 

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