Iniciativa também pretende estimular boas práticas entre clientes. Por enquanto, 10 cafeterias de Brasília ganharam selo; estabelecimentos de Goiânia, Belo Horizonte e São Paulo fazem parte do projeto
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Os amantes do cafezinho sabem: trabalhar acompanhado de um bom café ☕ dá mais aconchego – e energia. Em Brasília, as cafeterias contam agora com um novo selo de qualidade: o “Coffice”, que avalia o desempenho dos estabelecimentos, desde a gastronomia, até a entrega de boas experiências e acolhimento.
O nome do selo, “Coffice”, é um trocadilho resultante da substituição do prefixo “co”, de coffee (café, em inglês), na expressão “home office” (trabalho remoto). Até esta terça-feira (8), dez cafeterias haviam sido selecionadas para receber o “Selo Coffice” que pretende estimular também as “boas práticas” entre os clientes.
Para o estabelecimento comercial receber o selo são avaliados três quesitos:
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- 🥞☕ Gastronômico: boa comida e bom café
- 💟 Atmosférico: boa “vibe” e bom serviço para o que se propõe
- 👩💻 Laboral: que acolhe trabalhadores remotos e nômades digitais, oferecendo wi-fi, acomodação e acesso a tomadas
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Já para os clientes, as orientações envolvem “bom senso”. São dicas como consumir algo e não apenas aproveitar a internet.
A iniciativa é da empresa de criação, formação e curadoria gastronômica Comida de Pensar. O atestado de qualidade também será entregue em cafeterias de Goiânia, Belo Horizonte e São Paulo.
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“A ideia do ‘coffice’ surgiu justamente de uma experiência pessoal. Quando precisei de fato trabalhar em home office, não me adaptei muito bem porque eu preciso de um pouco da agitação, do barulho, e o silêncio da casa era muito me deixava aflito. Então, ir na cafeteria foi um lugar que eu me encontrei, foi uma forma de eu conseguir trabalhar, ser mais produtivo”, conta Guilherme Lobão, idealizador e curador do selo.
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Há duas formas de se receber o Selo Coffice:
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- Visita técnica: a equipe do Comida de Pensar entra em contato para oferecer o selo à cafeteria visitada espontânea e anonimamente;
- Solicitação da cafeteria: basta preencher o formulário no site do Comida de Pensar e aguardar retorno da equipe, que pode solicitar mais informações, aprovar ou reprovar a emissão do selo.
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Boas práticas
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Segundo Guilherme Lobão, a experiência do “coffice” deve contar com o bom senso, tanto das cafeterias, quanto dos clientes.
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“O cliente precisa entender que o local é uma empresa que está vendendo um negócio gastronômico, e esse é o objetivo comercial da iniciativa privada. Agora a cafeteria precisa também entender que ela é uma instituição privada, mas em função pública, então via de regra, qualquer pessoa é bem-vinda”, diz.
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Pensando nas boas práticas que podem ser seguidas por empresas e consumidores, o crítico gastronômico criou um manual, que pode ser acessado aqui. Veja algumas das dicas:
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Dicas para clientes
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- Consuma alguma coisa – Não precisa ser uma refeição enorme. Uma xícara de café pode ser o suficiente, desde que proporcional à sua estada no local;
- Conheça a proposta da casa – Antes de se instalar, pesquise sobre a casa, horário de funcionamento, eventos especiais;
- Aproveite os períodos de ociosidade – Evite trabalhar em cafeterias em momentos de maior demanda. Todo estabelecimento tem períodos considerados de maior ociosidade. Descubra-os e aproveite;
- Demore a julgar – Lembre-se que o “coffice” não é um coworking. Não julgue a permanência das pessoas.
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Dicas para cafeterias
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- Considere o cliente – Trate a pessoas que chegam ao estabelecimento abrindo o computador e pedindo a senha como cliente regulares (um cliente com grandes chances de ser fidelizado);
- Tenha uma proposta clara – Pense sua distribuição de mesas e cadeiras. Tenha postos maiores para reservar a grupos que possam chegar e mesas individuais em pontos estratégicos;
- Abra um canal franco de conversa – Sabe que a casa vai encher em breve? Recebeu reservas grandes, vai sediar um pequeno evento por lá ou sabe que o fim de tarde é concorrido? Alerte gentilmente de antemão ao cliente que sentou ali para trabalhar.
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