23 de novembro de 2024 09:49

Março Lilás: cobertura vacinal contra HPV está abaixo da meta no DF; imunizante é uma das armas contra câncer uterino

 

 


 

 

Entre 2013 e 2022, apenas 53,8% das meninas de 9 a 14 anos receberam as duas doses da vacina contra o HPV no Distrito Federal. A taxa dos meninos, na mesma faixa de idade, é ainda menor: apenas 24% completaram o esquema vacinal.

Os dados são da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e são um alerta. A meta do Ministério da Saúde é de 80%, e a vacina é uma das formas mais importantes de evitar o câncer de útero.

“A Secretaria de Saúde emite alerta para que os pais e responsáveis busquem os postos de saúde próximos a sua residência para que crianças e adolescentes possam iniciar e terminar o esquema de vacinação do HPV. Como é composto por duas doses, é importante iniciar e terminar o esquema vacinal””, diz a enfermeira Ligiane Seles, da Secretaria de Saúde.

O Calendário Nacional de Saúde, feito pelo Ministério da Saúde, inclui a vacina de HPV como rotina. Ela deve ser administrada em duas doses em meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias.

O intervalo mínimo entre as doses é de 6 meses. A partir do momento em que é iniciado o esquema, ele pode ser concluído até o limite de idade da bula.

Março Lilás

 

Março é o mês da Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero. Segundo especialistas, os métodos mais importantes de prevenção deste tipo de tumor são o sexo seguro e a vacinação contra o papilomavírus humano, conhecido como HPV.

O vírus tem transmissão sexual e provoca mais de 95% dos casos de câncer uterino. Segundo Pedro Henrique Souza, médico oncologista, “o microrganismo induz a mutações das células no colo uterino, fazendo com que cresçam de forma desordenada”.

A infecção por HPV é comum, mas a maioria é combatida pelo sistema imunológico. Composto por mais de 200 subtipos, o vírus divide-se em grupos de baixo e alto risco.

Os subtipos de baixo risco não provocam câncer, mas podem causar verrugas nos órgãos genitais, ânus, boca e garganta. Dos 14 subtipos de alto risco, dois deles respondem por sete a cada dez casos de câncer associados a esse vírus.

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