No Distrito Federal, a taxa de desemprego registrada em novembro deste ano foi menor que a vista em outubro e no mesmo período do ano passado. Setor de serviços contribuiu significativamente. Dados foram divulgados pelo IPEDF
A taxa de desemprego registrada na capital federal em novembro deste ano ficou em 14,5%, índice menor do que os registrados em novembro de 2021 (16,1%) e em outubro deste ano (14,6%). O setor de serviços contribuiu significativamente para o aumento dos empregos em Brasília, com mais de 30 mil contratações.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF) e da Periferia Metropolitana de Brasília (PED-PMB) referentes ao mês de novembro e foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). Os levantamentos foram feitos em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Entre os fatores que contribuíram para o resultado estão os 37 mil novos postos de trabalho contabilizados na comparação entre novembro de 2021 e novembro de 2022, reduzindo o contingente de desempregados em 24 mil pessoas.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, atribui o bom momento à recuperação econômica após o período crítico da pandemia da covid-19. “Os empresários voltaram a investir. Muitas empresas que tinham encerrado as atividades foram reabertas e voltaram a gerar empregos”, pontuou.
“Tivemos cerca de dois anos de pandemia com restrições. Em 2022, não tivemos mais obrigatoriedade de fechamento do comércio. O setor de comércio, bens, serviço e turismo vem se recuperando”, acrescentou o presidente.
Analisando por setor de atividade econômica, houve saldo positivo de contratações nos Serviços ( 30 mil), Comércio e reparação ( 13 mil) e Administração pública ( 5 mil) em comparação com novembro de 2021. Por outro lado, o número de ocupados na Construção (-7 mil) e Indústria de transformação (-1 mil) reduziu. Em relação a outubro de 2022, observou-se acréscimo nos Serviços ( 7 mil), Administração Pública ( 3 mil) e Indústria de transformação ( 2 mil), estabilidade na Construção e decréscimo no Comércio e reparação (-7 mil).
Jusçanio Souza, presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), enxerga o cenário com otimismo. “Os resultados trazem uma expectativa positiva para o ano que vem. A taxa de desemprego vem caindo desde março deste ano”, analisou. Para o pesquisador do IPEDF Thiago Mendes, o fim de ano é uma época que favorece a contratação de mão de obra. “Essa sazonalidade dá uma revertida a partir de janeiro, como vemos historicamente. Precisamos ficar atentos a essa situação”, ponderou.
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Temporários
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Em comparação com 2021, a expectativa dos empresários para a contratação de mão-de-obra temporária no comércio do Distrito Federal cresceu 61% neste ano. A média de funcionários por empresa também subiu, passando de 2,26 para 2,96. Com isso, a previsão de vagas disponíveis quase dobrou e chegou a 3,5 mil, ante 1,8 mil de 2021. Os dados são da pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF, que ouviu 503 lojistas de 29 segmentos, em diferentes Regiões Administrativas (RAs). De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido da Costa Freire, 50% dos trabalhadores contratados temporariamente neste fim de ano têm chance de se tornarem definitivos no quadro das empresas.