23 de novembro de 2024 00:41

Protetores de animais se mobilizam por doações para animais de rua.

No DF, cerca de 30 mil animais não possuem lar. No inverno, abrigos e protetores precisam de doações para ampliar as ajudas.


Com um inverno de baixas temperaturas, cães e gatos que vivem nas ruas do Distrito Federal estão mais ameçados. Atentos ao problema, protetores se mobilizam para arrecadar suprimentos para os animais que lotam os abrigos nesta época do ano. O Projeto Acalanto DF, que trabalha com resgates, está promovendo a campanha do agasalho. Os voluntários pretendem arrecadar camas, mantas e roupas para aquecer animais.

Na semana em que o DF registrou a manhã mais fria do ano, a preocupação dos protetores é ainda maior. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros marcaram até 5°C nas regiões do Gama e de Planaltina, com 1ºC de sensação térmica. No Plano Piloto, a mínima foi de 8°C.

“Começamos a fazer essa campanha no mês passado, mas agora intensificamos, porque o frio veio com força. Nós somos um grupo de protetores independentes, e os animais que cruzam nosso caminho são resgatados e levados para nossas próprias casas. Com a pandemia da covid-19, estamos lotados e nossos eventos de grande porte foram cancelados. Mesmo assim, como você cruza com um animal e vira as costas? Pra gente que é da proteção animal, isso é humanamente impossível. Então, precisamos da solidariedade das pessoas. O projeto Acalanto sobrevive disso”, contou Lucimar Aparecida Pereira, coordenadora e idealizadora do projeto.

São quatro pontos que recebem as doações: Loja Cobasi do Casapark, Cobasi do DF Plaza, Cobasi do Taquari e Espaço de Dança, Arte e Movimento Cia Kalila, na Asa Norte. Lucimar aproveita para destacar que a causa animal no DF pede socorro todos os meses do ano mas, em momentos como esse, precisa de visibilidade para continuar a luta, mesmo com as adversidades.

Além de produtos para o frio, o Acalanto necessita de outros mantimentos. “Precisamos de ração, remédios, roupas pet, camas, produtos de higiene pet e de limpezas para os abrigos. Além disso, desde dezembro, não conseguimos quitar todos os meses com nossos compromissos em clínicas veterinárias. Somos parceiros de sete clínicas. Então, quem quiser também pode depositar na conta do projeto ou pagar diretamente em uma das clínicas”, destacou Lucimar. Para ajudar e descobrir quais clínicas estão conveniadas, basta acessar uma das redes sociais. Elas estão no Facebook e Instagram: @projetoacalantodf.

 

Apaixonados pela causa

A Associação Toca Segura é outra organização que está empenhada em amparar animais domésticos que estão em risco. O abrigo acolhe, castra e trata dos resgatados até que sejam adotados e consigan um lar. Hoje, o espaço está superlotado mas, mesmo assim, o trabalho não para. O grupo é formado somente por voluntários que se descrevem como apaixonados por animais e dispostos a trabalhar por ele. A causa sobrevive por meio de doações de apoiadores e do suporte do hotel Amo Pet.

Todos os anos, a associação realiza campanhas do agasalho e divulga nas redes sociais o pedido por mantas e cobertores. Porém, este ano foi diferente. A associação Toca Segura foi convidada a fazer parte do rol de ONGs beneficiadas pela loja Zen Animal, no projeto chamado Soninho zen. São quatro organizações de diferentes partes do Brasil cadastradas no site (http://www.zenanimal.com.br/). Na compra de uma manta, outra será doada para o projeto do DF.

“Pague por um e aqueça dois animais. Estamos felicíssimos, e nossos cães estão ficando quentinhos. A campanha vai até o fim do inverno. Nosso sonho é que mais empresas façam parcerias assim conosco e com outras ongs e protetores, pois todos precisamos de muita ajuda”, destacou a voluntária Danielle Mansur.

 

 

 

Projeto Acalanto DF/Divulgação

Aumento de abandonos

 

A pandemia da covid-19 afetou o trabalho de abrigos, ongs e associações que zelam pelos animais. Lucimar Aparecida destaca que é uma batalha exaustiva. “A proteção animal antes da pandemia já era uma luta, com a pandemia, então, está sendo um dia de cada vez. Temos muitos animais para alimentar e que fazem tratamentos contínuos. Depois da pandemia, as doações caíram consideravelmente. O número de abandonos triplicou, e muitos animais foram jogados na rua à própria sorte. Por isso, estamos trabalhando acima do nosso limite”, completou a protetora.

Abandonar animais é considerado crime de maus-tratos pela legislação. De acordo com o artigo 32, da Lei 9.605/98, é crime abusar, maltratar, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. O regramento prevê detenção de três meses a um ano e o pagamento de multa.

Onde ajudar?

 

Projeto Acalanto
Instagram: @projetoacalantodf
Facebook: projetoacalantodf
Doações: https://linktr.ee/projetoacalantodf
Associação Toca Segura
Instagram: @tocasegura
Site: http://tocasegura.ong.br
Doações: https://apoia.se/tocasegura

Como pedir ajuda?

 

Delegacia do Meio Ambiente – Polícia Civil do DF
197
WhatsApp: (61) 98626-1197
e-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
Portal https://delegaciaeletronica.pcdf.df.gov.br/RegistroOcorrencia/Maus_Tratos_Animais
Batalhão de Polícia Militar Ambiental do DF
WhatsApp: 99351-5736
Ouvidoria do GDF:
162 e www.ouv.df.gov.br

IBAMA: 0800-618080
Email: linhaverde.sede@ibama.gov.br

 

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