Candidatos ao Palácio do Buriti foram a diversas regiões administrativas no primeiro fim de semana de campanha para apresentar propostas e ouvir os eleitores. Brazlândia e Ceilândia foram as cidades mais disputadas
Com a largada das campanhas eleitorais, os candidatos ao Governo do Distrito Federal se mobilizaram, neste sábado (20/8) e domingo (21/8), para percorrer regiões da capital e conversar, frente a frente, com o eleitorado. O primeiro fim de semana da corrida ao Palácio do Buriti foi marcado por reuniões políticas, visitas a feiras, lançamentos de campanhas de candidatos ao Senado, câmaras Legislativa e Federal, entre outras agendas em busca de votos. As regiões administrativas de Brazlândia e Ceilândia foram as mais concorridas pelos postulantes ao Buriti. Leila Barros (PDT) e Rafael Parente (PSB) estiveram em ambas. Brazlândia foi visitada ainda por Ibaneis Rocha (MDB) e Izalci Lucas (PSDB-Cidadania), enquanto Ceilândia por Paulo Octávio (PSD) e Keka Bagno (PSol-Rede).
O governador Ibaneis Rocha foi recepcionado no sábado, no Bar do Amigão, da Asa Sul, em clima de animação, com bandeirolas, buzinaços e adesivos. O estabelecimento era frequentado pelo advogado antes dele ingressar na vida política. Na oportunidade, o chefe do Executivo local destacou as benfeitorias realizadas ao longo do seu mandato. “A Asa Sul será totalmente reformada durante o nosso próximo governo e isso nos deixa feliz porque a cidade estava abandonada há muito tempo”, adiantou Ibaneis, que também prometeu reformar toda a Asa Norte.
O candidato à reeleição devolveu as críticas que vem sofrendo dos concorrentes. “Todo mundo sabe muito bem que o Rafael Parente sequer morava aqui em Brasília, ele não deve ter na memória o que o governo Rollemberg fez de mal para a cidade, com a paralisia durante quatro anos. E o Leandro Grass é o candidato do Agnelo, que sabemos o atraso que deixou o Distrito Federal”, disse.
Paulo Octávio iniciou o fim de semana com o lançamento de um empreendimento em Águas Claras e um encontro com mais de 70 lideranças religiosas no Kubitschek Plaza Hotel. Pastores, bispos e demais autoridades declararam apoio à candidatura do empresário. À reportagem, Paulo Octávio contou que percorreu regiões de Ceilândia e Vicente Pires, e que pretende, a cada dia, visitar uma nova localidade do DF. “A receptividade (dos eleitores) tem sido sensacional. Só me declarei candidato há duas semanas, mas já estou recebendo apoio de muita gente. A população aos poucos está conhecendo as minhas propostas. Em Ceilândia e Vicente Pires fui muito bem recebido”, destacou.
A candidata Leila Barros esteve domingo na Feira Permanente do Guará. “Tem sido tudo sensacional neste fim de semana. A gente encontra as pessoas indignadas com o cenário político e econômico, não só do DF, mas do país. Mas de um modo geral esse contato é fundamental para elencarmos as prioridades que a população está precisando. No momento, saúde, médicos e a questão social são demandas mais urgentes. Os jovens também têm perguntado a respeito da educação”, detalhou.
Leila afirmou que está contente com o apoio do eleitorado feminino. “Eu acho que tem muito da atuação das mulheres. Elas estão acompanhando a política e querem participar desse movimento e estou muito feliz porque percebo que elas se veem nas candidatas femininas. É uma representatividade que nos energiza para a guerra. E o DF precisa de uma governadora. Esse olhar feminino será para cuidar das pessoas em primeiro lugar”, disse.
Izalci Lucas, que passou o sábado na região de Brazlândia, defendeu o potencial turístico religioso e ecológico da cidade. “Há uma rejeição muito grande e uma descrença das pessoas em relação ao governo. A questão (dos problemas) da saúde é uma unanimidade, há pessoas esperando por cirurgias, exames e remédios, não há controle de nada. As pessoas também esperam por emprego, por perspectiva. A fila do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) não é para receber nada, é apenas para receber uma senha para cadastro que só Deus sabe quando é que vai resolver”, ponderou Izalci.
O tucano disse que as melhorias em Brazlândia não são realizadas por falta de vontade política. “Temos mais de 50 cachoeiras que possibilitariam o turismo rural, mas não há esse incentivo. Nem o planejamento para a população receber a formação educacional e ter a regulamentação necessária para montar um hotel fazenda, por exemplo. Há uma total falta de organização na capital”, salientou.
*Com informações Correio Braziliense