Disponível em planos pagos, modelo de inteligência artificial Veo 3 foi lançado em maio pelo Google e permite criar vídeos a partir de pequenos comandos de texto
Vídeos realistas feitos com inteligência artificial têm se multiplicado nas redes sociais. Vários deles acumulam milhões de visualizações e são feitos com o Veo 3, modelo de IA pago lançado pelo Google em maio.
Alguns dos vídeos são paródias de acontecimentos históricos ou passagens religiosas, o que deixa claro que foram criados com a ajuda de inteligência artificial.
Mas outros simulam cenas atuais, como entrevistas em telejornais e podcasts, tornando mais difícil de entender que não se trata de algo real.
Nos comentários, muitos usuários ficam impressionados com o realismo dos vídeos. “Isso é muito Black Mirror”, disse um deles, em referência à série que trata de futuro e tecnologia. “Imagina isso no ano das eleições”, afirmou outro.
Outros afirmam que é possível identificar alguns dos vídeos como IA. “É realista, mas o olhar deles é muito vago”, escreveu um usuário. “As IAs falam de forma muito robotizada, parece que estão lendo e não falando, dá para perceber isso”.
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Como o Veo 3 funciona
O Veo 3 foi lançado no Google I/O, conferência do Google para desenvolvedores. A nova versão da IA de vídeos está disponível para assinantes do Google AI, que custa a partir de R$ 96,99 por mês, no assistente Gemini e no Flow, ferramenta de criação de filmes também apresentada no evento.
O Google I/O e mostrou que o Flow é uma evolução do VideoFX, experimento do Google Labs lançado em 2024.
O modelo permite criar vídeos a partir de descrições curtas de texto, que indiquem elementos como personagens e cenários. Com a atualização, ele se tornou capaz de gerar vídeos com áudios, como diálogos e ruídos ambientes.
Para vídeos mais complexos, é possível usar a nova ferramenta Flow. Ela serve para criar filmes com diferentes cenas.
O Flow permite controlar o que seriam movimentos e ângulos de câmera, bem como editar e estender cenas para revelar mais da ação ou fazer a transição para a tomada seguinte.
O Google diz acreditar que a inteligência artificial tem o potencial de democratizar a produção criativa e que age para impedir o uso de suas ferramentas de forma mal-intencionada.
“Nossas políticas restringem o uso de nossos modelos para atividades sexualmente explícitas, violentas, odiosas ou prejudiciais, como discurso de ódio ou bullying, e para desinformação, deturpação ou atividades enganosas, incluindo fraudes, golpes ou outras ações enganosas como a falsificação de identidade, entre outras”, disse a empresa, em nota.
Ainda de acordo com o Google, as pessoas podem saber a origem do conteúdo online por meio da tecnologia SynthID, tecnologia própria capaz de inserir marcas d’água digital em todos conteúdos gerados por modelos de IA generativa da empresa.