Golpistas usavam dados biométricos de idosos para fraudar benefícios públicos
A Procuradoria de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (PRO 60+) da CLDF informa que, na última quinta-feira (6), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Melhor Idade, que investiga um esquema de fraudes milionárias via concessão irregular do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Diante desse contexto, a PRO 60+ alerta que idosos não devem fornecer documentos ou dados biométricos a terceiros e ressalta que está de portas abertas para auxiliar aqueles que se sentirem prejudicados. A entidade também recomenda a familiares e cuidadores que fiquem atentos a movimentações financeiras incomuns e busquem apoio em casos suspeitos.
“Nosso objetivo é garantir que os direitos dos idosos sejam respeitados e que eles não sejam utilizados por criminosos em golpes como esse”, destaca o distrital Chico Vigilante ( PT), que atua como procurador dos idosos na Câmara Legislativa.
Recentemente, a PRO60+ lançou uma cartilha sobre a forma correta de obter o Benefício de Prestação Continuada.
O golpe
A quadrilha recrutava idosos para cederem dados biométricos — como impressões digitais e fotografias — que eram utilizados para criar identidades falsas. Em alguns casos, um mesmo idoso era vinculado a mais de 30 identidades diferentes. Com esses documentos, os golpistas abriam contas bancárias, ingressavam no Cadastro Único do governo federal e obtiveram, pelo menos, 259 benefícios irregulares, o que causou prejuízos milionários aos cofres públicos.
Em resposta, a Justiça Federal determinou medidas cautelares, como mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias, cancelamento de CPFs fraudulentos e suspensão dos benefícios irregulares. Nesta fase da operação, a PF cumpriu 16 mandados em quatro estados: Distrito Federal, Goiás, Piauí e São Paulo.
*Com informações Agência CLDF
