22 de novembro de 2024 16:00

Dólar sobe no mundo todo após atentado a Trump. Bolsa passa 129 mil pontos

Após o atentado ao candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar opera nesta segunda-feira (15) em alta no mundo todo

 

 

 


 

 

 

No Brasil, a divisa subia 0,25% em relação ao real, custando R$ 5,444 por volta das 14h. Na Bolsa, que abriu em alta, o Ibovespa passou o patamar dos 129 mil pontos esta manhã. Por volta das 14h, a alta era de 0,19%, indo a 129.135,75, reagindo à participação de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Clube Econômico de Washington, que acontece neste momento.

 

O que está acontecendo?

 

Powell, presidente do BC americano, disse que a inflação está mais comportada. No primeiro trimestre, ela estava em alta. Mas no segundo trimestre, ela começou a melhorar, disse ele. Os Estados Unidos, segundo ele, perderam boa parte de sua forca de trabalho durante a pandemia de covid e isso também teve impacto na economia, que agora começa a ser atenuado. Isso aqueceu o mercado de trabalho e fez as pessoas gastem mais, aumentando o custo de vida.

Ele não deu pistas sobre quando e se os juros americanos vão cair. “Na verdade, eu me orgulho de não vazar informações sobre isso. Ele também reiterou que vai depender dos dados de inflação para que os juros caiam.

 

Dólar — Foto: REUTERS/Lee Jae-Won

 

E o dólar?

 

No sábado (13), Trump foi atingido na orelha por um disparo feito por um atirador. Ele foi cercado por seguranças e retirado do palco do comício que realizava na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia. Trump é o candidato republicano à Casa Branca.

O atentado dá margem considerável para vitória de Trump. Isso fortalece o dólar. Os investidores procuram mercados seguros e também criam a expectativa agora de uma política econômica de crescimento nos EUA, dizem analistas de mercado. “O Trump é mais pró corte de impostos”, diz Marcos Moreira, sócio da WMS Capital.

Na bolsa americana Nasdaq, as ações da empresa de mídia de Donald Trump saltaram. Os papeis da Trump Media & Technology Group Corp (DJT) chegaram a subir mais de 51% na abertura. Por volta das 14h, estavam com ganhos de 30%, indo a US$ 40,43.

Mas a Bolsa de Valores não vem sentindo tanto esse evento. Ela deve ficar mais atrelada, por exemplo, ao Boletim Focus divulgado hoje. Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção de inflação para 2024 pela primeira semana após nove altas consecutivas.

A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 caiu de 4,02% para 4%. Para 2025, a aposta foi elevada de 3,88% para 3,90%. Os palpites seguem acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%, mas dentro do intervalo de 1,5 ponto percentual.

Os investidores também estão de olho nos pontos do Ibovespa. Há pouco, passou dos 129 mil pontos. Os investidores esperam que passe dos 129.500 pontos. “Se confirmado o rompimento, vemos espaço para novas altas que podem trazer o índice de volta ao topo histórico, nos 134 mil pontos, com a faixa de 131.700 (máxima de fevereiro)”, publicou o Banco do Brasil.

 

IBC-Br

 

Outro índice que pode influenciar o pregão hoje é o de atividade econômica (IBC-Br) do Banco Central. Ele é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Divulgado mais cedo, ele subiu 0,25%. Em abril, a variação mensal havia sido de 0,01%.

Ainda segundo o BC, na comparação com maio de 2023, o IBC-Br teve alta de 1,30%. Considerando o indicador acumulado em doze meses, o acréscimo foi de 1,66% e, no acumulado do ano, de 2,01%.

 

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