A reestruturação financeira pode assustar investidores, mas não é necessariamente o fim de uma empresa
A Gol (GOLL4) viu os preços de suas ações despencarem mais de 55% em apenas cinco dias após o anúncio de recuperação judicial (RJ) nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (30), os papéis sofreram outro revés ao serem retirados de todos os índices da B3. Mas, afinal, o que é o processo de recuperação judicial e por que essa palavra assombra os investidores?
A recuperação judicial, antigamente denominada concordata, é um mecanismo pelo qual companhias que não conseguem pagar suas dívidas recorrem à Justiça para evitar a falência. O processo permite que a empresa reorganize suas finanças e suas dívidas. Ele suspende temporariamente as cobranças e dá fôlego à companhia. Porém, é necessário apresentar ao Judiciário um plano de desenvolvimento.
No dia 25 de janeiro, a Gol optou por solicitar a recuperação judicial nos EUA, em um recursos jurídico conhecido como Chapter 11. O processo se assemelha ao do Brasil, com uma ênfase maior na reorganização estratégica e com uma participação maior dos acionistas na tomada de decisões durante o processo.
E são os acionistas quem mais sente no bolso as consequências da recuperação judicial. O mercado enxerga a RJ como um indicativo de problemas de saúde financeira. Para piorar, o processo prevê que a companhia não pague dividendos. A consequência é a perda no valor das ações: em apenas um mês as cotações da Gol caíram 64,6%.
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Veja algumas empresas da bolsa que estão em recuperação judicial:
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