Do melasma às manchas de acne, especialistas explicam as principais razões para o aparecimento de manchas e como tratá-las
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Em um país ensolarado como o Brasil, é comum que parte da população desenvolva manchas escurecidas em um determinado período da vida, principalmente devido à exposição solar. E, à medida em que as temperaturas sobem, a preocupação sobe os danos causados pelo sol, aumenta. No entanto, apesar da luz solar potencializar as manchas, nem sempre ela é a causa delas. “As manchas faciais são caracterizadas por alterações na cor da pele causadas por um maior estímulo na produção de melanina pelos melanócitos, e suas causas podem ser distintas”, resume a dermatologista Larissa Oliveira.
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Quais são os tipos mais comuns de manchas no rosto e suas causas
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Nem tudo é melasma, e as médicas explicam as diferentes versões de manchas faciais. “Os quatro tipos mais comuns são: as efélides (conhecidas como sardas, que surgem na infância, são hereditárias e, em geral, são mais frequentes em pessoas ruivas e loiras); melanose solar (também conhecidas como manchas senis, em geral acometem indivíduos com mais de 40 anos após exposição solar prolongada); hipercromia pós-inflamatória (as manchas causadas por inflamação local); e o melasma, de origem multifatorial e que pode ser relacionada aos hormônios da gravidez, exposição solar, uso de anticoncepcional oral, exposição à fontes de calor – como secador de cabelo, sauna, fornos quentes”, explica Ingrid Campos.
Outros fatores também podem desencadear manchas na pele. “Acne pode causar manchas; condições de pele como a dermatite seborreica, que ocasiona vermelhidão; e até alguns tipos de cânceres de pele, como, por exemplo, o tipo lentigo maligno, que pode se manifestar como manchas no rosto. Alergias a cosméticos (ácidos em geral, filtros solares inadequados, perfumes) e inflamação sistêmica, como ocorre nos pacientes diabéticos ou naqueles tabagistas, também pode causar manchas”, complementa Larissa.
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O que é o temido (e tão comum) melasma?
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O melasma é um tipo de mancha escura na pele que, normalmente aparece no rosto, mas que também pode ocorrer em outras áreas expostas ao sol, como braços e colo. É uma condição mais comum em mulheres, mas pode ocorrer também em homens e, geralmente, é desencadeado por questões hormonais. As dermatologistas são categóricas ao explicar que o melasma é o tipo de mancha mais comum nos pacientes que vão em seus consultórios. “Ele é o mais frequente e requer atenção especial pois alguns hábitos podem agravar as manchas. A exposição solar, que aumenta a produção de pigmento no rosto, ou permanecer em locais muito quentes são alguns comuns que favorece a formação das manchas. A alimentação rica em carboidratos pode levar à um estado inflamatório no organismo piorando o melasma. O estresse não fica de fora e pode agravar a condição por conta do aumento do cortisol”, explica Ingrid. As manchas causadas pelo melasma são crônicase recidivantes, ou seja, podem durar toda a vida e reaparecerem mesmo depois de terem sumido espontaneamente ou com o auxílio de tratamento.
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Como prevenir as manchas no rosto
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As dermatologistas são unânimes: aplique protetor solar. Embora algumas das manchas mais comuns não sejam causadas pela exposição ao sol, ela pode ser intensificada por ele, portanto, a melhor maneira de evitar que elas escureçam é recorrer a um bom filtro solar. “Com o verão se aproximando, é importante reforçar o uso do protetor solar. Para quem tem melasma, o mais indicado no rosto é o protetor solar com cor e fator de proteção acima de 50 (FPS 50), além disso, chapéus e bonés são sempre bem-vindos”, diz Ingrid. “O uso de fórmulas antioxidantes e clareadoras, que possuem a capacidade de atuar em todos os processos de formação da melanina, também são muito importantes para manter a pele uniformizada e evitar o aparecimento de manchas”, complementa Larissa.
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Tratamento individualizado: como melhorar as manchas no rosto
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O tratamento vai depender do tipo de mancha. “Quando se trata do melasma, recomendo associar antioxidantes orais em fórmulas manipulados. Eles ficaram conhecidos como ‘protetor solar oral’, mas, na verdade, não eximem o uso do protetor em creme, sendo uma proteção extra no tratamento”, explica Ingrid. Depois de realizar uma avaliação com um dermatologista, o profissional pode prescrever uma série de tratamentos que ajudam a amenizar as manchas como lasers de baixa intensidade, microagulhamentos, peeling químicos clareadores, terapia fotobiodinâmica e cremes manipulados em casa.
Para Larissa, o estilo de vida de cada paciente deve ser considerado para que se tenha uma boa reposta e adesão ao tratamento. “Se a pessoa faz uso de hormônios, se pratica atividades ao ar livre, se tem a pele sensível, se trabalha exposta ao sol. Cada paciente precisa ter um tratamento individualizado”, finaliza.
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