Semob decidiu manter faixas exclusivas livres ao público em geral para facilitar a volta para casa após a suspensão da greve dos rodoviários
As faixas exclusivas continuarão liberadas para todos os motoristas do Distrito Federal até o fim desta terça-feira (7/11). Apesar da suspensão da greve dos rodoviários, o secretário de Transporte e Mobilidade, Flávio Murilo Prates, decidiu manter as vias livres, devido ao grande número de carros em circulação nas vias da capital.
/
“As faixas exclusivas continuam liberadas. Até porque a gente não vai conseguir mobilizar todo o transporte coletivo a tempo de fazer a volta para a casa dos trabalhadores, dos cidadãos. E muitos vieram de carro. Hoje o fluxo é muito maior do que o normal, então até meia-noite, as faixas exclusivas continuam liberadas”, afirmou.
Suspensão
A maior parte dos rodoviários do Distrito Federal decidiu suspender a greve da categoria. Em assembleia no início desta noite, os profissionais de quatro das cinco empresas em operação na capital do país acolheram a proposta de retorno ao trabalho, para retomada da negociação com as empresas de ônibus, visando a melhorias salariais.
Antes da votação na assembleia, representantes do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal (Sittrater-DF) participaram de uma audiência de conciliação com integrantes das empresas, do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Ministério Público do Trabalho.
A reunião ocorreu na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10). O acordo fechado estabelece a retomada parcial ao trabalho, a partir das 19h, e a volta total dos ônibus nas ruas a partir da 0h de terça-feira (7/11). Contudo, os funcionários da empresa Marechal decidiram manter os braços cruzados até a próxima quarta.
O sindicato informou aos trabalhadores que o GDF comunicou não ter condições orçamentárias de arcar com o aumento salarial de 8% pedido pela categoria.
Na semana passada, as empresas de ônibus haviam proposto reajuste de 5,33% na remuneração dos trabalhadores, bem como nos planos de saúde e odontológico, além de aumento de 8% no vale-alimentação e de 10% na cesta básica. Contudo, a categoria rejeitou.