O grupo islâmico Hezbollah atua no Líbano e é declaradamente contra Israel, no entanto, diz que não decidiu participar da guerra
Israel colocou em prática um plano para retirar os moradores de 28 aldeias num raio de 2 km da fronteira com o Líbano, disseram os militares nesta segunda-feira (16), após as hostilidades com o Hezbollah, paralelamente à guerra em Gaza.
As pessoas que deixarão suas casas ficarão em pensões pagas pelo governo israelense. O plano será implementado pelos chefes dos municípios locais, pelo Ministério do Interior e pela Autoridade Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) do Ministério da Defesa.
O braço militar do Hezbollah destruiu câmeras de vigilância do exército israelense próximas à fronteira com o objetivo de impedir que Israel tenha informações do lado libanês da fronteira.
Neste domingo, um ataque do grupo islâmico a Shtula, uma dessas aldeias israelenses, matou uma pessoa e feriu outras três.
O Hezbollah é um grupo político e paramilitar islâmico que atua no Líbano. O islamismo se divide em duas correntes: os xiitas e os sunitas. O Hezbollah é um grupo de xiitas e inimigo jurado de Israel. Ele costuma manter boas relações com o Hamas.
O grupo disse que o aumento dos ataques foi um aviso e não significa que decidiu entrar na guerra.
Jornalista morto na fronteira
Na sexta-feira (13), o jornalista Issam Abdallah, da agência de notícias “Reuters”, morreu em um bombardeio no sul do Líbano, na fronteira com Israel. Ele trabalhava junto com uma equipe de imprensa na região e foi atingido enquanto transmitia ao vivo um dos bombardeios. Outros seis jornalistas ficaram feridos.
O Líbano acusa Israel de ter sido o autor do bombardeio que matou atingiu a equipe de transmissão.
A agência, em um documento oficial, pediu para que o Ministério de Defesa de Israel conduza uma investigação transparente sobre o caso.
“É extremamente importante que os jornalistas possam trabalhar de forma livre e segura”, diz o comunicado.