Desde 2019, a capital federal registrou 1.454 casos, de acordo com dados da Polícia Federal. Em 2023, foram 35
No ano passado, o Distrito Federal registrou pelo menos um caso de fraude bancária a cada três dias. Segundo dados da Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da Polícia Federal, em 2022, a capital federal teve 108 casos do tipo. Desde 2019, foram 1.454.
Ainda de acordo com a PF, esses dados agregam somente as ocorrências em que clientes vítimas de fraude bancária eletrônica procuraram os bancos. Os números não contabilizam grandes invasões de sistemas bancários.
Em 2023, até a metade de agosto, a PF notificou 35 ocorrências do tipo. Em 2020 e 2021, houve um aumento de casos do tipo, sendo registrados 517 e 506, respectivamente.
De acordo com a ObservaDF, nos últimos 12 meses cerca de 17,2% dos moradores de Brasília afirmam ter sido vítima de fraude no cartão de crédito. Outras 15% pagaram por um produto que não foi entregue e cerca de 11% disseram ter recebido notas de dinheiro falso.
A nível nacional, entre 2019 e agosto de 2023, o país teve pouco mais de 551 mil ocorrências de fraude bancária contra clientes.
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Relembre casos
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Em março deste ano, três homens foram presos por suspeita de aplicarem golpes em clientes de uma agência bancária na SHIN 3/4 do Lago Norte. Segundo a Polícia Militar (PMDF), eles estavam aplicando golpes em clientes oferecendo uma suposta ajuda e furtando os cartões das vítimas.
Já no início de agosto, a Polícia Federal prendeu um correspondente bancário envolvido em um esquema fraudulento contra a Caixa Econômica Federal (CEF) e outros.
A ação é desdobramento das investigações que tiveram início em 2022, após uma notícia-crime ser apresentada por uma das vítimas e pela Caixa. Na ocasião, o homem abriu 12 contas bancárias em nome de idosos, em sua maioria aposentados, sem o consentimento deles.
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Como identificar e denunciar
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Cristina Tubino, especialista em penal do Kolbe Advogados Associados, afirma que a fraude bancária pode ocorrer de diversas formas, mas todas com a intenção de enganar e obter algum tipo de vantagem.
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Por exemplo, quando alguém faz uso indevido de identidade ou cartão de banco de outra pessoa. É o crime cometido por terceiros que se utilizam de meios ilegais para subtrair dinheiro ou crédito dos correntistas nas instituições bancárias, diz.
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Segundo ela, é preciso que as pessoas fiquem atentas, pois há diversas modalidades de golpes. “Qualquer dúvida ou ação que mude o que o banco faz de praxe, deve chamar atenção e o consumidor imediatamente buscar sua instituição financeira.”
Para resolver os problemas, Tubino afirma que, muitas vezes, é possível solucionar apenas entrando em contato com o banco. Porém, caso não seja possível, é recomendado procurar a polícia. “Se o cliente perceber até foi vítima de golpe deve ir imediatamente à delegacia e buscar registrar ocorrência e as orientações da polícia. Há delegacias especializadas, mas o cidadão pode fazer a ocorrência até mesmo online”, completa.