No Distrito Federal, farmácias são obrigadas por lei a receber remédios vencidos de clientes e encaminhá-los para descarte adequado. Empresa contratada pelo GDF faz coleta dos produtos, transporte e tratamento; saiba como funciona
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Por falta de conhecimento, muita gente joga medicamentos que passaram da data de validade ou que sobraram de algum tratamento no lixo comum. No entanto, esse descarte acaba indo para o aterro sanitário e traz riscos à saúde e prejuízos ao meio ambiente.
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“Percebemos o baixo grau de conhecimento da população sobre a existência de locais apropriados para o descarte desses resíduos especiais. O descarte inadequado, no lixo comum ou na rede de esgoto, pode contaminar o solo e as águas, superficiais ou subterrâneas”, diz Glauco Amorim, da Secretaria do Meio Ambiente do DF.
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Uma lei distrital que completa 10 anos em 2023 determina que toda farmácia precisa fazer o descarte de medicamento, seja aquele vencido ou que não foi retirado pelo cliente. De acordo com a lei nº 5092/2013, a população pode deixar os medicamentos nas farmácias, que são obrigadas a recebê-los e encaminhá-los para o descarte adequado.
Os medicamentos vencidos ou descartados também podem ser entregues em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). Uma empresa contratada pelo GDF faz a coleta dos produtos, o transporte e o tratamento etapa destinada a destruir, descaracterizar e desinfetar os resíduos de serviços de saúde.
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Como descartar os medicamentos
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De acordo com a Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde, não se deve descartar no lixo comum:///
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🚫 Cartelas de comprimido
🚫 Vidros de xarope
🚫 Tubos de pomada
🚫 Seringas e agulhas
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O ideal é manter os medicamentos, vencidos ou não, em suas embalagens originais.
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- As cartelas de comprimidos, por exemplo, são chamadas de embalagem primária e devem ser mantidas fechadas até a entrega nos postos de coleta para não serem manipuladas;
- Vidros de xarope só podem ser jogados no lixo reciclável se estiverem vazios;
- Remédios líquidos não podem ser jogados na pia ou no vaso sanitário, pois os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar algumas substâncias que acabam contaminando o meio ambiente;
- O mesmo vale para tubos de pomada, que, cheios, exigem um descarte especial, mas, vazios, podem ser jogados no lixo;
- Os objetos perfurocortantes, como agulhas, devem ser guardados dentro de embalagens resistentes, como latas e recipientes plásticos para eliminar o risco de acidentes, e só devem ser descartados nos postos de coleta. Também é recomendável levar seringas para as unidades básicas de saúde;
- As caixas de papel, chamadas de embalagem secundária, assim como as bulas, não têm contato direto com o medicamento. Portanto, não são tóxicas e podem ser descartadas no lixo reciclável.
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Prejuízos ao meio ambiente
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De acordo com o coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema), Glauco Amorim, os medicamentos têm substâncias que podem ser tóxicas ou se tornar tóxicas após a sua decomposição e, por isso, devem ter uma destinação adequada.
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“Os medicamentos, se descartados de maneira inadequada, podem chegar a um aterro sanitário e provocar contaminação do chorume produzido pelos demais resíduos”, diz Amorim.
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Os resíduos podem contaminar a água e o solo, podendo afetar peixes e outros organismos vivos, além de pessoas que bebem dessa água, se alimentam desses animais contaminados ou comem frutas e legumes cultivados em solo infectado. O procedimento também coloca em risco pessoas que entram em contato direto com o resíduo, como garis e catadores.
A Sema mapeou os pontos de entrega voluntária em todo o DF onde há a coleta de resíduos especiais, como eletroeletrônicos, pilhas e baterias, vidro, chapas de raio-X, além dos medicamentos.