A estatal vai oferecer laboratórios para que empresas privadas possam avançar com pesquisas. “Brasília tem um grande parque tecnológico e a maior concentração de doutores e PhD per capita do país”, ressalta Alexandre Alonso
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A busca por inovações no agronegócio requer uma rede de apoio para obter sucesso. Pensando nisso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio da Embrapa Agroenergia uma das unidades de pesquisa da empresa está criando o Smart Lab, um conjunto de laboratórios avançados, que serão utilizados em parceria com empresas privadas do setor agrícola.
A iniciativa, que será lançada oficialmente na próxima quinta-feira, tem como objetivo o compartilhamento de infraestrutura da Embrapa Agroenergia para que empresas privadas, principalmente startups, possam avançar com pesquisas, a partir da atuação em conjunto com a estatal. A ideia, segundo a Embrapa Agroenergia, é auxiliar as empresas sem estrutura ou capacidade técnica suficiente a alavancar seus negócios, ajudando a Embrapa a oferecer sua capacidade instalada em benefício da sociedade.
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O chefe da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, disse que a unidade de pesquisa da estatal busca estimular a inovação das empresas e organizações, principalmente em áreas que demandam maior infraestrutura e investimentos. “Isso pode ser feito por meio de cooperação técnica, co-desenvolvimento e outras alternativas que possam ser propostas”, detalhou.
Serão seis laboratórios, colocados à disposição das empresas, nos segmentos:
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- de genética e biotecnologia microbiana;
- de genética e biotecnologia vegetal;
- de processos bioquímicos; de química de biomassa e biocombustíveis;
- de processos químicos;
- de bioinformática, além de áreas de plantas-piloto e campos experimentais.
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A intenção do projeto é fazer parcerias a partir da análise caso a caso, considerando uso de equipamentos, estrutura física, recursos humanos e material genético, de acordo com a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, Patrícia Abdelnur. “As empresas parceiras poderão usar a infraestrutura para desenvolvimento de produtos ou fazer pesquisas compartilhadas”, explica a gestora. O processo de análise vai ser em fluxo contínuo. Isso significa que, a qualquer momento, pode ser iniciada uma parceria.
Patrícia considera que startups, principalmente as do tipo hard techs que se concentram no desenvolvimento e aplicação de produtos ou soluções baseadas em avanços científicos e tecnológicos complexos, em geral não possuem recursos para construir laboratórios ou comprar ou alugar equipamentos mais sofisticados. “É onde a Embrapa entra, podendo contribuir com parcerias a partir de cada caso”, ressaltou.
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Ambiente propício
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Alexandre Alonso ressaltou que, para startups, a cooperação técnica tradicional não é o modelo mais adequado. “Por isso, bolamos essa estratégia de compartilhamento de infraestrutura, que explora mais o que elas podem oferecer”, afirmou. “Brasília tem um grande parque tecnológico e a maior concentração de doutores e PhD per capita do país. Por conta disso, além de termos cinco unidades da Embrapa, temos um ambiente propício para o surgimento de novas empresas do setor tecnológico”, observou Alonso.
O chefe da Embrapa Agroenergia disse que a empresa quer abrir suas portas a esses empreendedores menores, para que novos negócios de base tecnológica possam surgir no DF. “Muitas pessoas têm grandes ideias, mas não arriscam dar continuidade, por conta da falta de capital para a infraestrutura”, lamentou. Alexandre Alonso ressaltou que todos os detalhes serão divulgados durante o lançamento da iniciativa, porém, adiantou ao Correio que os interessados devem entrar em contato com a Embrapa, manifestando o interesse. “Vamos analisar e, estando tudo certo, vamos elaborar um contrato em que vai ser estabelecido a forma de retorno por parte da empresa e oferecer o treinamento necessário”, detalhou.