Segundo nova diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS), os adoçantes artificiais devem ser utilizados apenas por quem já tem diabete e em quantidades mínimas
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Utilizar adoçante no lugar do açúcar em bebidas e alimentos para tentar emagrecer ou evitar desenvolver diabete pode ser um engano. Segundo nova diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS), os adoçantes artificiais devem ser utilizados apenas por quem já tem diabete e em quantidades mínimas. Com base em uma série de estudos sobre adoçantes artificiais, a organização diz que não há indício de que a substituição do açúcar pelo adoçante colabore para o emagrecimento ou para evitar o desenvolvimento de diabete.
Entre os desaconselhados estão:
- acesulfame K
- aspartame
- advantame
- ciclamatos
- neotame
- sacarina
- sucralose
- estévia e seus derivados
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“NSS (sigla em inglês para adoçantes artificiais livres de açúcar) não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde”, afirma o especialista.
Segundo Levimar Araújo, presidente do Departamento de Diabete Mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a posição da OMS vai na linha que médicos já vêm observando há algum tempo. “O estudo chama a atenção de que a gente deve reduzir ao máximo tanto a quantidade de açúcar quanto de alimentos artificiais, como os adoçantes, no dia a dia, utilizando-os o mínimo possível”, diz o especialista. “O que a gente vê por aí são pessoas que substituem o açúcar pelo adoçante, mas continuam consumindo alimentos extremamente açucarados, com excesso de adoçante que, por ser um produto químico, também faz mal à saúde quando usado em excesso.”
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Segundo o médico, as pessoas devem olhar para seus hábitos alimentares de maneira ampla, buscando comer mais alimentos naturais e em composições equilibradas.
Outras pesquisas sobre adoçantes
O popular adoçante artificial eritritol, que é usado como substituto do açúcar em muitos produtos cetogênicos, de baixa caloria e baixo teor de carboidratos, tem sido associado a um risco aumentado de ataque cardíaco, derrame e morte, de acordo com um estudo publicado na Nature Medicine.
E os méritos e deficiências de adoçantes alternativos, como aspartame, sucralose, estévia e sacarina, são debatidos há anos. Falta consenso, mas um estudo de 2019 sugeriu que beber refrigerantes adoçados artificialmente estava associado ao aumento de mortes por doenças circulatórias.