22 de novembro de 2024 14:30

Atrasado com IA, Google pode mudar tudo nesta semana

 


 

 

O Google realiza sua conferência anual nesta quarta-feira (10) para mostrar suas inovações mais recentes. É um ritual que acontece há 15 anos mas, desta vez, será permeado pela tensão. Isso porque, atualmente, gigante da tecnologia precisa recuperar seu espaço num campo que dominou por muito tempo: IA (inteligência artificial).

Explosão de entusiasmo em torno dos avanços recentes na tecnologia colocou o Google na defensiva, forçando-o a tentar recuperar iniciativa após sua rival Microsoft e empresas menores, como a OpenAI, colocarem novas ferramentas de IA “generativas” por exemplo, o ChatGPT diretamente nas mãos dos clientes.

Conhecido como I/O abreviação de input/output, termo de software para interação humano-computador evento é uma chance para executivos mostrarem aos investidores céticos, concorrentes e, em muitos casos, seus próprios funcionários, que ainda é o líder em IA.

Preparação para evento aumentou intensidade do ambiente para funcionários do Google após seus chefes enviarem ordens para redobrar seus esforços na IA, em dezembro de 2022. Aperto veio após ChatGPT, da OpenAI, se tornar um fenômeno instantâneo.

A expectativa de que o Google organize um evento de IA explosivo é atenuada pelo atual clima frugal da empresa, após demitir 12 mil funcionários em janeiro e cortar algumas de suas famosas regalias.

Conferência será muito menor do que nos anos anteriores: o que costumava ser uma extravagância de três dias cobrindo grandes áreas do campus da empresa, na Califórnia, agora vai durar apenas um dia.

Esse momento é o mais estressante para trabalhadores da empresa, segundo conversas com cinco atuais e ex-funcionários, que falaram sob condição de anonimato ao jornal The Washington Post. “É um momento diferente no Google”, disse um funcionário atual. “Há muita pressão agora”, acrescentou.

Mostrar nova tecnologia para clientes, mídia e investidores é fundamental, dada a percepção de analistas e observadores da indústria de que Google se atrapalhou no lançamento do chatbot “Bard”, em março, quatro meses depois do lançamento do ChatGPT e da Microsoft dar espécie de reboot no seu mecanismo de busca Bing, incorporando o chatbot da OpenAI.

Durante a maior parte de suas duas décadas, o Google desfrutou da reputação de líder indiscutível em suas principais áreas de negócios. A Pesquisa do Google não tem concorrentes sérios, e o Google Maps, Gmail e o navegador Chrome dominam suas categorias de produtos tão profundamente que autoridades antitruste em vários países iniciaram investigações ou entraram com ações judiciais alegando que a empresa está violando as leis de concorrência.

Esse domínio permitiu que empresa crescesse cada vez mais, contratando milhares de novos funcionários nos últimos anos e expandindo para novas áreas de produtos. Mas aí os modelos de IA generativa chegaram.

Após ingerirem trilhões de palavras e frases da internet, eles podem ter conversas estranhamente semelhantes às humanas. Isso levou alguns líderes de IA e especialistas em tecnologia a sugerir que pesquisas na Internet serão substituídas por bots de IA que podem responder diretamente a perguntas específicas. Novo ChatGPT é a prova disso.

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A Microsoft e a OpenAI agora são as empresas que todas as outras precisam acompanhar. O Google está tentando recuperar o atraso.

Fred Havemeyer, analista do Macquarie Group

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O porta-voz do Google, Chris Pappas, se recusou a comentar sobre.

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