Levi é da etnia Tapuia e Kariú Kariri e trabalha com audiovisual. ‘Conto nossa própria história e lutas, através das lentes’, diz ele
O Dia dos Povos Indígenasé comemorado nesta quarta-feira (19). No Distrito Federal, há 6.128 indígenas, de acordo com a última pesquisa da Codeplan – sendo menos de 1% da população de Brasília.
Neste cenário, o fotógrafo Levi Tapuia, de 25 anos, usa a arte para promover a diversidade e fazer da sua identidade “voz” para a causa indígena em diferentes setores criativos (veja fotos na galeria abaixo).
Levi é indígena da etnia Tapuia e Kariú Kariri, nasceu em Brasília, e trabalha com audiovisual. Ele começou a fotografar quando tinha 13 anos, pelo celular.
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“Recebi apoio de muitas pessoas e admiração pelos registros realizados pelo celular. Então, decidi estudar fotografia, consegui pagar meu primeiro curso e aí não parei mais”, diz Levi.
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Segundo Levi, a fotografia é vida e resistência. “É o poder de congelar um momento para sempre, de poder contar a história do meu povo e de todos os povos indígenas pelo nosso olhar. Hoje representa a principal forma de defesa de muitos territórios e a comunicação das mídias indígenas têm mostrado o que está acontecendo em cada território. Tenho orgulho de fazer parte dessa revolução”, afirma.
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“Hoje minhas fotografias ajudam na divulgação de toda luta indígena, no resgate e fortalecimento da cultura, na valorização e força dos meus ancestrais, nos cantos e até em nossa língua, para que jamais sejamos esquecidos. E para que novas gerações venham lutar por nosso direito e pelo nosso planeta”, diz Levi.
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