Exposição gratuita fica em cartaz no CCBB Brasília a partir deste sábado (21/1) até 23 de abril, com entrada franca
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Elevador de fundo infinito, janelas para jardins imaginários, sala de aula abandonada e até uma piscina em que o visitante pode entrar de roupa e ficar submerso sem se molhar. As curiosas instalações integram a provocativa mostra A Tensão, do argentino Leandro Erlich, aberta para visitação de 21 de janeiro a 23 de abril, no CCBB Brasília, com entrada gratuita, mediante retirada de ingressos.
Com curadoria do diretor artístico Marcello Dantas, a mostra de Leandro Erlich é repleta de atrações que convidam o visitante a romper barreiras entre expectativa, realidade e ilusão.
“Estou interessado principalmente em transformar elementos que as pessoas acreditam que não podem ser transformados, que não podem ser diferentes. Trata-se de uma utopia de apresentar a possibilidade de transformar o que existe em uma outra coisa, e essa ação nos convida a imaginar a realidade de uma maneira diferente”, explica o artista, nascido em Buenos Aires.
Para além de Swimming Pool (A Piscina, em português), uma das obras mais famosas e bem sucedidas do artista, instalada no Pavilhão de Vidro do CCBB, Marcello Dantas classifica A Sala de Aula como o grande destaques da mostra.
Nela, os visitantes experimentam a sensação ver seus próprios reflexos em uma sala de aula abandonada. Provocativa e intrigante, a instalação é de 2017, mas adquiriu sentido novo a partir da pandemia de Covid-19, em que os espaços de ensino foram substituídos por computadores.
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“Aquilo que era nostálgico em relação ao passado passa a ser visto como traumático em relação ao presente. Essa é a matéria-prima mais interessante na obra do Leandro”, analisa o curador.
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“Quando nos vemos diante de uma situação dessa em que nos somos fantasmas dentro desse espaço que passou a ser imaginário, ou seja sala de aula está ali, está vazia, e estamos em uma camada inexistente em relação a esse outro espaço… isso invoca essa memória do isolamento e muda a leitura da obra, que passa a ter um peso muito mais forte”, completa.
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Em relação ao caráter “instagramável” da exposição, Dantas lembra que Piscina, obra que mais desperta o desejo do registro fotógrafico, é de 1999, anterior à criação da rede social, que ocorreu em 2010. “Eu diria que o Instagram que é piscinável”, brinca Dantas.
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