Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) alerta aos riscos de acidentes domésticos durante as férias escolares
“Existem vários ambientes na casa onde podem acontecer acidentes domésticos. Banheiro, cozinha, área de lazer, área de serviço e área da piscina são alguns”, afirma o tenente Renato Augusto, do Corpo de Bombeiros. Como ele explica, durante o período de férias escolares, quando as crianças passam mais tempo dentro de casa, aumentam as ocorrências de acidentes domésticos e, por esse motivo, é necessário redobrar os cuidados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), os incidentes mais comuns são afogamento, choque elétrico, corte, intoxicação, queda e queimadura. Para evitar essas situações, os pais e responsáveis precisam estar atentos aos riscos nas residências. Então é preciso que os pais e responsáveis fiquem vigilantes, principalmente, em relação a crianças de até 9 anos, em geral, mas com atenção especial às que têm entre 1 e 3 anos”, explica o tenente.
Ainda segundo os bombeiros, o cômodo mais propício para acidentes é a cozinha. “O principal risco é a criança ter acesso a um material cortante, às botoeiras do fogão para ligar o gás ou até conseguir alcançar o cabo de uma panela. As queimaduras por escaldamento são uma das situações mais graves”, relata o tenente Renato.
A fotógrafa Nayara Monteiro é mãe de duas crianças em idade escolar. Lorenzo, de 3 anos, e Antônio, de 5. Ela conta que, durante as férias dos pequenos, a atenção com eles é triplicada. “Como eles estão em casa o dia todo, sem nada pra fazer, acabam buscando formas de se entreter e geralmente não é com os brinquedos”, brinca a moradora de Planaltina. “É em questão de segundos. Esses dias virei as costas por dois minutos e quando fui ver, Lorenzo estava em cima de uma cadeira em frente ao fogão”, relembra a autônoma.
Outro espaço muito comum em situações de acidente é a área de serviço. No local, as crianças podem ter acesso a fiação de eletrodomésticos, produtos de limpeza, baldes com água e até ferro de passar. Choque elétrico, intoxicação, afogamento, queimadura e trauma estão entre os riscos no local. “Uma criança de 1 a 3 anos pode se afogar num balde com água com até 2 centímetros de lâmina d’água. É preciso pegar o balde e retirar para longe para que a criança não tenha acesso”, explica Renato Augusto.
“Outro acidente comum é o afogamento. Os pais e responsáveis precisam ter uma atenção especial”, afirma o tenente. Casas com piscina também podem ser ameaças à criançada. O acesso dos pequenos ao espaço deve ser feito sempre com a assistência de um adulto. “O adulto precisa estar sempre de olho na criança enquanto ela estiver brincando na piscina. Elas não devem ficar sem colete ou boia. Também é necessário impedir que as crianças corram em volta da piscina, porque elas podem sofrer quedas”, acrescenta. Além disso, é necessário preparar a área com cercas de limitação de espaço.
Nayara, por exemplo, mora em um apartamento, no entanto, gosta de levar as crianças à casa dos avós, que têm quintal e piscina para entreter os filhos. “Gosto de levá-los lá para gastarem energia. Ficar preso em um apartamento o dia todo os deixa inquietos”, conta. No entanto, a mãe de Lorenzo e Antônio relata que, nesses momentos, não tira os olhos dos meninos. “Fico o tempo inteiro de olho, pois morro de medo de se afogarem em alguma brincadeira. Não saio do quintal até que eles saiam na piscina e, claro, não deixo eles entrarem sem bóia”, garante Nayara.
O essencial durante o período de férias é de que as crianças sempre estejam sendo assistidas por um adulto. Em caso de acidente, é possível solicitar socorro imediatamente pelo telefone 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (Samu).
*Com informação Agência Brasília