O gato, o animal de estimação mais popular do mundo atualmente, é a maior estrela da Internet, um lugar perfeito onde se partilham as mais divertidas “proezas” felinas, que antes só podiam ser apreciadas pelos membros da família.
Como seria de esperar, sendo um animal de estimação tão famoso – a população de gatos já ultrapassa os quinhentos milhões em todo o mundo -, não poderia deixar de ter direito a um dia internacional dedicado a ele.
Na verdade, devíamos dizer os dias internacionais do gato, já que são três: 20 de fevereiro, 8 de agosto e 29 de outubro. Porquê?
O Dia Internacional do Gato, celebrado a 20 de fevereiro, nasceu de uma iniciativa dos seguidores de um gato “presidencial”, o Socks, o animal de estimação da filha de Bill Clinton, que conviveu com a sua família durante todo o tempo em que viveram na Casa Branca. Tornou-se uma estrela mediática até ao ponto de o próprio presidente pedir aos fotógrafos para que deixassem de assediá-lo.
Ainda assim, este gato continuou a ter muitos seguidores que, depois de saberem que tinha sido eutanasiado a 20 de fevereiro, devido a um cancro, decidiram prestar-lhe uma homenagem todos os anos, a partir de 2001, declarando essa data como Dia Internacional do Gato.
Porém, 8 de agosto é outra data assinalada no calendário felino. Desta vez, acredita-se que a iniciativa partiu da organização para a defesa dos animais, a International Fund for Animal Welfare (IFAW), que a celebrou pela primeira vez em 2002, em conjunto com outras organizações que lutam pelos direitos dos animais.
O terceiro dia internacional do gato é celebrado a 29 de outubro, sendo esta uma iniciativa de Colleen Paige, uma especialista em animais de estimação, que o criou para promover o bem-estar animal.
Se estes três dias internacionais do gato não lhe parecem suficientes, deve saber que existe igualmente um Dia Mundial do Gato, que é comemorado na Europa a 17 de fevereiro.
Histórias inspiradoras de adoção
A pedagoga Ana Cardoso, adotou uma gata que estava prenha, e abandonada embaixo do prédio onde ela mora, na Asa Sul, em Brasília. “Eu já tenho três gatos em casa, mas sempre levo comida e água para uma gata que mora embaixo do meu prédio. Um dia, eu estava chamando essa gata, e uma outra gatinha veio. Ela estava prenha e era super dócil, manhosa”, diz.
“Eu tive que levá-la. Não tinha como deixar ela na rua, prestes a parir os filhotes”, conta Ana.
No dia 28 de janeiro, Nina, como a gata prenha foi chamada, deu à luz três filhotes. Eles ainda vão ficar com a mãe, e a família de Ana, até meados de abril, quando estarão prontos para a adoção.
“Esses gatinhos são lindos demais e já estão sendo acostumados com as pessoas, amansados. Serão ótimos gatinhos de estimação”, conta a pedagoga.
“Eu sou apaixonada por esses bichinhos, e faço isso porque quero incentivar as pessoas a darem um lar para animais abandonados. Não é difícil, e no final, vale muito à pena. Nós nos apegamos, ficamos muito mais felizes com eles”, diz Ana.
Ao longo da história, os felinos foram considerados animais de proteção, que tornavam os ambientes mais seguros, por conta da habilidade para caçar roedores e outros insetos capazes de transmitir doenças. Atualmente, o gato conquistou os ambientes familiares por sua autonomia, independência e também pela beleza.
No entanto, ainda existem muitos gatos nas ruas, que passam por situações de maus tratos, ou precisam de um lar. A ONG Clube do Gato atua em Brasília, desde 2012, visando à conscientização para a posse responsável e à promoção de adoção de gatos.
De acordo com a integrante da ONG, Cecília Prado, a organização não tem abrigo. “Nossos animais ficam em lares temporários de voluntários. Já são mais de 1500 gatos, todos doados castrados, vacinados, vermifugados. Damos todo o suporte ao tutor no pós adoção”, explica.