De acordo com o Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal, vendas de produtos típicos da época, como itens alimentícios ou vestuário, devem ter crescimento de 20%, em comparação ao mesmo período de 2020. Lojistas mostram otimismo com o mês de junho.
Crédito: Minervino Junior
Os produtos de festa junina devem gerar um crescimento de 20% nas vendas, em junho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020. É o que estima o presidente do Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper), Gilmar Pereira, com base na procura dos consumidores ao comércio desde a vacinação contra covid-19 atingiu os idosos. “Normalmente, em supermercados, influencia muito a compra de milho de pipoca, canjica, vinhos e caldos, produtos que são típicos da época”, afirma Gilmar.
A gerente da loja Casa e Festa, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Dayane Olliveira, 34 anos, espera faturar mais em relação ao mesmo mês de 2020. “Sou mais otimista. No ano passado, não vendemos praticamente nada. Mas a minha perspectiva para este ano é que cresça 100%. Toda hora tem alguém perguntando sobre os produtos de festa junina”, comenta.
Ela conta que recebeu pedidos desde decoração até as famosas bandeirinhas. “Tem coisas que a gente não repôs, e coisas que esgotaram, como espantalhos de madeira. Vendemos de tudo, chapéu, paçoca, adereços e até caixinha para colocar os doces. Inclusive, tem gente procurando produtos até para levar quando for visitar a família em outro estado. Um cliente meu fez compras para viajar ao Rio de Janeiro e ver os parentes. A gente está sentindo que o povo está mais confiante, principalmente os idosos que se vacinaram”, acrescenta a lojista.
A auxiliar administrativa da loja A Festiva, na Quadra 506 Sul, Yolanda Nascimento, 55, conta que o estabelecimento fechou as portas por quase dois meses no meio do ano passado, e não pôde vender os produtos para a festa de São João. “O movimento caiu quase 100% em relação a 2020. Mas temos muita esperança de que vai melhorar, inclusive depois do avanço das vacinas no DF. Temos um telefone direto, mas o cliente pode pedir para separar e pegar na entrada. Nesta pandemia, a maioria das pessoas que compram leva para casa para curtir com a família. A perspectiva de vendas é boa, pois a procura costuma aumentar no meio de junho. Acredito que vai ser um mês positivo para o comércio”, opina Yolanda.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), Edson de Castro, as pessoas devem comprar os produtos para comemorar em casa. Segundo ele, as vendas para a festa junina devem movimentar o comércio no período que antecede o Dia de São João, em 24 de junho. Lojas como armarinhos, para venda de camisas, e supermercados, com comercialização de vinhos e alimentos tradicionais são as mais procuradas.
“Geralmente, as pessoas fazem o quentão em casa, tomam o vinho com frutas, usam os produtos vendidos em supermercados. É uma data forte para isso, e que movimenta o comércio em todos os aspectos, da alimentação ao vestuário”, analisa Edson.
Eventos Autorizados
Em 13 de maio, o GDF autorizou a realização de eventos sociais, como casamentos, batizados, festas de aniversário e afins com 50% da capacidade total dos espaços. Com isso, as festas juninas estão incluídas. “A autorização é para qualquer tipo de evento que não exija licença eventual do Poder Público (incluindo eventos corporativos como congressos, convenções, seminários, simpósios, feiras e palestras) e desde que sejam seguidos todos os protocolos e medidas de segurança descritos no decreto nº 42.087, de 13 de maio de 2021”, diz o GDF, em nota.
O horário de funcionamento é das 11h às 23h, com proibição de espaço para dança e a aglomeração de pessoas. É preciso organizar as mesas a uma distância de dois metros uma das outras, a contar das cadeiras que servem cada mesa. É obrigatória a higienização das cadeiras e mesas de uso coletivo regularmente. Além disso, é proibida a venda de ingressos, ou de cobrança de qualquer valor a título de contribuição dos convidados.